Tudo começou quando Caim matou o seu irmão Abel, o pecado da morte, cujo salário é a morte física e a morte espiritual. Pessoas matam pessoas, famílias matam famílias, tribos matam tribos, nações matam nações. A cultura da morte inclui o abandono e a indigência de crianças, de idosos e de refugiados, o aborto, a eutanásia, a opção pelo não gerar filhos, o homossexualismo, os grupos de extermínio, os homicídios por motivos torpes, os assaltos, estupros e sequestros seguidos de morte: os “excessos” policiais.
A segurança pública (ao lado da educação e da saúde) é um retumbante fracasso em nosso País, entra governo e sai governo. A imprensa-empresa e a “bancada da bala” têm impedido a aprovação de uma efetiva Lei do Desarmamento. A educação não veicula valores, enquanto a autoridade familiar está em crise e a igreja se omite.
Jesus encarnou para afirmar a dignidade da criação e para afirmar a vida. Sua morte resulta na morte da morte. Ele é o Príncipe da Paz, e nós somos os embaixadores da mensagem de reconciliação.
A mídia tem espetacularizado a violência e a morte. E essa semana, no episódio de Realengo, da escola como espaço de insegurança e violência, tivemos a importação (aqui se imita tudo) da “tradição” norte-americana do “serial killer”, a morte em série. Psicopatia, neurose sexual e fanatismo religioso, de certo “assessorado” pelas hostes espirituais da maldade. Recordamos o episódio da matança dos inocentes por Herodes.
Uma nação chocada demanda políticas públicas de segurança, a reafirmação de valores pela Nação e espera da Igreja a coragem profética para denunciar todas as manifestações da cultura da morte, apontando para a Vida: Jesus Cristo, e para a novidade de vida que se espera deve seguir os convertidos.
Um túmulo vazio nos traz a mais forte mensagem de esperança.
Que o Senhor a todos console!
Ele veio para que tivéssemos vida e vida em abundância!
Uma pergunta: há esperança de vida quando se propaga o materialismo e o ateísmo, e quando se ataca a Revelação? Sintomaticamente o assassino de Realengo pretendia explodir a estátua do Cristo Redentor.
Com a ideologia do secularismo, a cultura da morte não é uma surpresa, mas um desdobramento previsível.
Clamemos ao céu!
Paripueira (AL), 08 de abril de 2011,
Anno Domini.
+Dom Robinson Cavalcanti, ose
Bispo Diocesano
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