PAC

A PAC é uma comunidade que faz parte da Diocese do Recife - GAFCON/FCA . Entendemos que o homem deve ser respeitado pelo fato de ter sido criado à Imagem e Semelhança de Deus. Entretanto o ser humano não guardou sua condição de comunhão com o Pai Celeste devido ao pecado. Por isso, a Palavra de Deus, quando anunciada sem legalismos e sem antinomismos, deve trazer conversão, arrependimento e salvação em Cristo Jesus.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Sobre os bombeiros, sua justa indignação e o que diz a Escritura.

Publicado em 10 10UTC junho 10UTC 2011 por paroquiaanglicanasantissimatrindade

Há quem diga que Igreja e Política não põem se misturar. Muitos defendem que o papel da Igreja é "espiritual" e que não pode se envolver em questões "seculares" e que quando faz, deixa de ser igreja e vira sindicato ou partido político. Por conta desta postura, há uma ala profundamente despolitizada na Igreja. Embora haja limites nesta relação, é possível afirmar que a política é uma realidade próxima e que não é pecado falar e discutir questões políticas dentro da Igreja.
Não existe distinção entre "espiritual" e "secular", disso nos lembrou João Calvino na Reforma. Ouçamos S. Tiago: "Se a um irmão ou a uma irmã faltarem roupas e o alimento cotidiano, e algum de vós lhes disser: Ide em paz, aquecei-vos e fartai-vos, mas não lhes der o necessário para o corpo, de que lhes aproveitará?" O cristianismo, especialmente na sua expressão originária, rejeitou o dualismo platônico e sempre tratou o homem de forma integral. Não há separação entre alma e corpo, não existe uma "vida espiritual" e uma "vida carnal". Existe a vida, pura e simples com suas várias dimensões que se entrelaçam, e que são, portanto, indissociáveis. O Ser humano é um só, e deve viver o evangelho integralmente.
O Leitor pode objetar: Jesus Cristo não foi um Político. Não quis ser confundido com um líder político, e sua resistência pacífica foi uma das causas que levaram o povo a escolher Barrabás e não ele para receber o indulto do magistrado romano. Contudo, Jesus Cristo em sua pregação e nos gestos que fazia atingiu o coração da política de seu tempo. Ao condenar a prática de câmbio no Templo, combater os sacerdotes (líderes políticos de então) fariseus e a dominação Romana, nosso Senhor foi alvo da ira de todos os partidos da época e foi condenado a morte por um tribunal comprado. O Evangelho denuncia a estrutura injusta que matou Nosso Senhor. Porque é assim: ao pregar a palavra de Deus, que é Justiça e Paz, Jesus foi perseguido pelos injustos e violentos de seu tempo. Embora não pregasse como um político, acabou morto pelos políticos de seu tempo.
O mesmo aconteceu com o Apóstolo Paulo. Ao chegar à Éfeso e condenar a idolatria no Templo de Artemis, acabou perseguido por uma turba que o queria matar, insuflada pelos ourives da cidade, temendo que a pregação do Evangelho interferisse em seus negócios. Não falou como um político mais onde quer que a palavra de Deus seja pregada com sinceridade e em sua integralidade, haverá confronto político. Pois a Palavra de Deus é Luz, e que é das Trevas foge da Luz, porque a Luz revela as obras boas e más como afirma Jesus no Quarto Evangelho.
Por isso, pode-se dizer à Luz dos exemplos do Novo Testamento que é justo tratar de política na Igreja. Por isso, a igreja hoje, no Rio de Janeiro deve estar do lado dos Bombeiros.

Frei Igor Lazari (OFA) - Ministro Local da PASST - DR - RJ










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